quarta-feira, 14 de julho de 2010

E foi assim...

que acabou vendo a solidão tomar espaço,
levar sonhos...
Vendo aquela garota cheia de planos,
sorrindo atravez do olhar.
Era aceitável que nada a abalaria.

E ela se apaixonou...
ao sentimento mais puro, ela se entregou
e colocou fé, amor e esperança em tudo que determinava ser seu ponto de partida,
para um caminho maravilhoso e sem desejo de retorno.
Esperando apenas não chegar a lugar nenhum em troca desse sentimento que lhe dominava.
Seu corpo estava extasiante, seu estômago em festa, uma festa que infinitas vezes ela tentou imaginar, e naquele momento ela percebeu que tudo aconteceu na hora certa, até que...

Então o destino percebeu que ela tropeçou cedo demais na linha da felicidade, que ela não parecia satisfeita o suficiente e acabou.
TUDO.. Aqueles dias que hoje pareciam ter sido algum conto romântico, pura ironia.

Durante certo tempo parecia o fim do mundo, com todo o drama, com toda a perda, a saudade, o sentimento de "o doce tirado da criança".

Mas o fim do mundo vem um pouco depois, quando ela percebe que dedicação, afeto, amor...estavam todos no mesmo lugar, em uma caixa, talvez.. uma caixa que ela prometeu posse permanente a alguém. Alguém que ela não ousa, nem ousaria perder, alguém que apesar de não saber (e só saberá se for preciso), está com seu bem mais precioso,um bem que sempre lhe pertencerá.

Nessa caixa estava também seu amor-próprio, seu sentimento de liberdade, sua paixão pela vida... a mais pura luta pelo amor.
Agora...
Ela não se ama, não ama ninguém. Vive seus dias com o pó de suas lembranças perfeitamente irreais.. e isso é pior do que ter alguém em si e não para si, a solidão toma forças, toma coragem, toma vontade.

Ela passa os dias a procurar alguém como ele, mas sabe que não encontrará, ou talvez já tenha encontrado,mas não estava prestando atenção.
Está fraca demais para se permitir acreditar que pode dar certo se não exigir tanto.. sem notar cada diferença.
Se recusa a aceitar que alguém exatamente igual àquele que nem existe mais, aquele que mudou com o tempo, que talvez nem faça mais parte da sua essência de perfeição.. aquele alguém pertence a outra pessoa, e ele existe apenas no reflexo dos olhos sorridentes daquela menina que desaprendeu a sorrir.

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